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As empresas brasileiras estão preparadas para atrair investidores?

As empresas brasileiras estão preparadas para atrair investidores?

O mercado de Fusões & Aquisições já está há algum tempo bastante aquecido. Esta tendência tem se confirmado nos últimos anos com o aumento de recursos dos fundos de Private Equity para investimentos nas áreas de infraestrutura, Óleo& gás e de serviços, principalmente em Educação e Saúde. Hoje existe um total de cerca de R$ 83 bilhões para investimentos no País.

Portanto, as empresas brasileiras – mesmo na atual conjuntura de menor crescimento do PIB e instabilidade social – tem sido alvo de propostas de aquisição por parte de investidores institucionais e estratégicos. E não se trata apenas das empresas de grande porte, mas também as de médio porte.

Contudo, uma parcela relevante dos sócios e gestores das empresas de médio porte não está sabendo aproveitar as oportunidades que se lhes são apresentadas. Em outras palavras, deixam de receber o valor adequado e justo dos seus ativos, tanto tangíveis quanto intangíveis seja porque vendem mal suas participações acionárias, ou porque não sabem avaliar corretamente seus negócios. Até mesmo porque grande parte dos negócios não se concretiza.

E por que isso acontece? Por que o investidor está sempre disposto a oferecer um valor muito aquém do justo? Acontece por três grandes motivos:

as empresas estão, na maioria das vezes, com graves limitações estratégicas e gerenciais;
os empresários de pequeno e médio portes não têm uma informação profissional e abalizada sobre o valor atual e do potencial futuro do seu empreendimento e
existe muita informalidade e falta de transparência na sua contabilidade e controles financeiros.
Então, é fundamental que os sócios e gestores das empresas de pequeno e médio porte adotem um leque de iniciativas para colocar suas empresas nos trilhos, ou seja, as tornem visíveis e atrativas aos investidores, tais como:

elaboração de um plano estratégico e respectivo plano de negócios,
redimensionamento estrutural e consequente corte de gastos pouco produtivos,
reestruturação e saneamento financeiro, especialmente do capital de giro,
melhoria e otimização de processos e controles e por último, mas não menos relevante,
a melhoria na formalidade e na transparência via melhor organização da contabilidade.
Tais providências, na maioria das vezes factíveis de serem adotadas em um curto espaço de tempo, de seis meses a um ano, certamente trarão resultados econômicos e financeiros a curto e médio prazo, aumentado o valor das empresas.

Outro ponto bastante relevante e que certamente mereceria um artigo a parte, trata da profissionalização da gestão da empresa. Grande parte das empresas brasileiras, principalmente as de pequeno e médio porte, são empresas familiares que não conseguiram preparar um time profissional a altura.

Certamente, não existe uma receita de bolo preparada para cada empresa ou tipo de empresa, mas, com a ajuda adequada de profissionais experientes, que já tenham vivenciado situações semelhantes e que conheçam profundamente as ferramentas necessárias em cada situação, é possível implementar todo o conjunto de medidas e mudanças necessárias para aumentar o valor real e torná-las visíveis, transparentes e atrativas aos investidores.