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Como utilizar a contabilidade como ferramenta de Gestão Empresarial

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A Contabilidade é uma velha conhecida dos gestores. No entanto, apesar de ser considerada como ciência há alguns séculos, ela não conseguiu ser percebida como uma potente ferramenta de gestão empresarial. Frequentemente economistas, advogados e administradores são vistos concedendo entrevistas nos meios de comunicação. Mas dificilmente se vê um contador. A invisibilidade da classe é tão latente que em filmes e novelas o contador é estereotipado como careta, uma versão adulta dos nerds, além de serem considerados sem graça. Ouve-se frequentemente que contadores gostam de matemática e outros fatos que os classificam de forma equivocada.

Além da imagem profissional prejudicada, a própria contabilidade é subutilizada pelos gestores da empresa. Hoje, o bem mais valioso que as empresas possuem é a informação. E a contabilidade justamente fornece informação econômico-financeira para os usuários. Mas estes mesmos usuários parecem desconhecer o potencial informacional e como a revolução estratégica da empresa está em suas mãos e a um custo muito menor do que grandes planos de conquistar o mercado.

Como é possível que as empresas não saibam a sua margem de lucro bruta ou de cada produto? Os gestores conhecem a liquidez corrente, imediata, seca e geral da empresa? Sabem para que serve estes índices de liquidez? Como os gestores estabelecem estratégias de crescimento sem consultar as informações contábeis?

Para exemplificar, um gestor pode utilizar índices para avaliar o desempenho de uma empresa. A liquidez corrente verifica a capacidade de pagamento da empresa a curto prazo. É considerado curto prazo todo vencimento em até doze meses. Como conseguir esta informação através da Contabilidade:

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O resultado deste índice informa quanto há no Ativo Circulante para cada R$ 1,00 de obrigações.

A Liquidez Imediata verifica a capacidade de pagamento da empresa se todas as obrigações de curto prazo, ou seja, passivo circulante vencessem imediatamente:

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O resultado deste índice informa quanto há de disponibilidades para cada R$ 1,00 de obrigações. As disponibilidades são caixa e equivalente de caixa.

A Liquidez Seca verifica a capacidade de pagamento da empresa sem considerar a sua dependência do estoque:

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Este índice informa quanto há de no Ativo Circulante sem considerar os estoques para cada R$ 1,00 de obrigação.

A Liquidez Geral verifica a capacidade de pagamento da empresa a curto e longo prazo. Este índice não considera os ativos imobilizados, investimentos, diferido e o patrimônio líquido:

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Este resultado evidencia quanto há no Ativo para cada R$ 1,00 de obrigação.

Com estes índices, tanto gestores quanto fornecedores, bancos, governos e investidores conseguem informações preciosas sobre a saúde financeira da empresa. Estes índices podem verificar o desempenho ao longo dos meses, nos últimos anos e também comparar com o desempenho dos concorrentes. Através destas informações é possível estabelecer estratégias de acordo com a realidade das empresas.

Os índices para a análise de desempenho das empresas podem ser dos mais simples aos mais complexos, mas todos eles trazem informações preciosas. Portanto, com tantos índices qual seria o melhor? Não há índice melhor, o mais importante é saber que tipo de informação é necessária. A pergunta a ser respondida é que determinará qual será o melhor índice a ser utilizado para obter a resposta mais segura.