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Governança Corporativa

Governança Corporativa

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa – IBGC, em 1992 foi publicado o primeiro código de boas práticas de Governança Corporativa em resposta aos escândalos empresariais ocorridos na Inglaterra. As grandes empresas de países da Europa e dos Estados Unidos criaram os seus próprios manuais de Governança Corporativa a exemplo da Inglaterra. A partir de então, os setores empresariais de diversos países começaram a se organizar e a debater o assunto sendo criadas instituições que abordavam as boas práticas de Governança Corporativa, estabelecendo diretrizes e recomendações.

Ao longo do tempo, foram criados segmentos para diferenciar os níveis de Governança de uma instituição e estudos foram desenvolvidos pelos órgãos que divulgam a Governança para avaliar a reação dos investidores ante a utilização ou não destas práticas nas empresas investidas. A BOVESPA criou, em 2001, o Índice de Governança Corporativa (IGC) para medir o desempenho de empresas com capital aberto que apresentavam bons níveis de governança. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) lançou, em 2002, uma cartilha “Recomendações da CVM sobre Governança Corporativa” para as companhias abertas e foram criadas instruções para auxiliá-las a obterem bons níveis de Governança.

O Instituto Brasileiro de Governança Corporativa descreve ainda a transparência, a prestação de contas, a equidade e a responsabilidade corporativa como linha mestra das empresas que possuem boas práticas de Governança Corporativa.

A Governança Corporativa estabelece um código de boa conduta para as empresas. Cada vez mais tem se falado em Governança Corporativa com a abertura dos mercados, a globalização e a chamada “Era da Informação”. Na “aldeia global” seria possível pequenos, grandes e médios investidores, na forma de indivíduos ou empresas, investirem em empresas que busquem no mercado captando recursos com um custo menor do que obteriam caso recorressem aos bancos.

Como as empresas desejam obter recursos ao menor custo possível, a Governança Corporativa apresentaria uma imagem de comprometimento, transparência e melhores resultados. Por isso, nota-se cada vez mais as empresas publicando em seus relatórios anuais o que elas fazem em relação a Governança Corporativa.

À medida que a necessidade de informação do usuário é alterada, o mercado reage para se adequar. Mesmo que não seja possível trazer segurança a níveis muito altos devido à economia volátil e globalizada como é caracterizada hoje, as empresas fornecem informações para a tomada de decisões com qualidade cada vez maior. Este fato, deve estar alinhado à Gestão Estratégica da empresa para que tenha o efeito desejado.

O desafio da Governança Corporativa é alinhar os interesses de acionistas majoritários, minoritários, credores, empregados e gestores de forma que haja um relacionamento correto e satisfatório entre as partes. Pois nem sempre os interesses das partes coincidem sendo necessário adotar regras de boa conduta para garantir os direitos de todas as partes.