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Tranquilidade em meio ao caos

Tranquilidade em meio ao caos

Tenho observado nas empresas que em meio ao caos sempre há ilhas de tranquilidade. Acredito que as empresas são micro sociedades. Se a sociedade, mais especificamente o mercado, está um caos, haverá caos nas empresas. As incertezas do mercado são reproduções do que se passa nas empresas. Afinal, as empresas são o mercado. E as empresas são compostas de pessoas. Resolvendo as questões pessoais, poderemos resolver as questões empresariais e, por consequência, as questões do mercado. Tudo é uma reação em cadeia, e o quanto o caos pode durar não se sabe, pois são múltiplos os fatores e as variáveis envolvidas.

O que posso afirmar é que nem todos estão em meio ao caos. A serenidade de alguns chama a minha atenção porque possuem calma em meio ao caos. Procurei verificar mais de perto porque alguns não pareciam afetados e percebi alguns pontos que destaco aqui:

    • Experiência: algumas pessoas são mais experientes e não estou falando só em idade, estou falando de pessoas que possuem uma vivência maior e sabem que aquele caos passará e que, entre mortos e feridos, todos ou quase todos se salvarão.

 

    • Alheamento: outras pessoas decidem não viver o caos e estão alheias. Não é que não compreendam a fragilidade do momento, mas decidem se afastar, manter uma distância segura do caos para poderem racionalizar e tentar solucionar os problemas que surgem sem se envolver emocionalmente.

 

    • Segurança: algumas pessoas estão confortáveis em seus lugares e não são afetadas pelo caos. Estas pessoas têm a tranquilidade de saber que, provavelmente, não serão afetadas. Este é um problema que não lhes afeta e não há porque se preocupar.

 

  • Visão: há quem procure oportunidades de negócio em meio ao caos. Enxergam a oportunidade de realizar novos negócios e ganhar dinheiro. Estas pessoas compreendem que se há pessoas no mercado perdendo dinheiro, há outras ganhando, e elas querem ser estas pessoas que ganham dinheiro em meio aos períodos de crise.

Desta forma, podemos identificar os perfis dos que não são afetados pelo caos. Podemos aprender com eles. Acredito que sempre podemos aprender com as pessoas, seja o que fazer ou justamente o contrário, o que não fazer. Quando estamos em meio ao caos, é importante saber como sair, e sair bem. Talvez seja difícil racionalizar, mas é necessário observar o que as pessoas estão fazendo para resolver essas questões, consultar pessoas que já passaram por problemas semelhantes e unir forças com as pessoas que estão com o mesmo problema.

A tranquilidade em meio ao caos virá com a racionalização e, se possível, com a imparcialidade na análise dos problemas. Se não consegue sozinho, não tenha medo de buscar ajuda e não espere esgotar todos os seus recursos. O tempo continua passando e saber o momento certo de pedir ajuda é fundamental.

O segundo passo é falar com o funcionário. Esta fala deve ser clara, firme e objetiva. Muitas explicações podem confundir, e explicação nenhuma pode deixá-lo perdido e inibido em perguntar.

O terceiro passo é agir. Ao saber que o funcionário é um iniciante, tente passar o máximo de tempo com ele. Pense que é um investimento, você está desenvolvendo sua própria mão de obra qualificada.

 

“Apenas desejo a tranquilidade e o descanso, que são os bens que os mais poderosos reis da terra não podem conceder a quem não os pode tomar pelas suas próprias mãos.”

René Descartes

 


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