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Débitos tributários: nova lei em vigor facilita quitação e autorregularização com a Receita Federal.

Lei não prevê redução de juros para pagamento acima de 49 parcelas.

01/12/2023

Nesta quinta-feira (30), foi formalizado no Diário Oficial da União (DOU) a nova lei, já em vigor, que facilita quitar débitos tributários com a Receita Federal, desonerando multas, além de oferecer uma redução de 100% dos juros de mora.

Além disso, a nova lei permite o pagamento à vista de 50% do valor devido à Receita e parcelamento do restante em até 48 vezes. “É indubitável que o PL 4.287/2023, é meritório, pois objetiva incentivar a conformidade tributária. A um só tempo, a proposta é interessante para gerar a regularidade fiscal do contribuinte e para reduzir o estoque de créditos em cobrança no âmbito da Administração Tributária”, destacou o senador Ângelo Coronel.

Apesar desses benefícios, a lei não prevê a redução de juros para quem fizer a quitação dos débitos tributários acima de 49 parcelas.

Assim, vale dizer que, sobre o valor de cada parcela, serão acrescidos juros equivalentes à Selic para títulos federais e 1% sobre o mês em que for efetuado o pagamento.

Para aqueles com débitos tributários pendentes, será possível fazer a “autorregularização incentivada”, uma espécie de quitação voluntária de débitos até 90 dias depois da regulamentação da futura lei.

Ademais, a empresa que estiver devendo, pode utilizar de precatórios e de prejuízo fiscal, além da base de cálculo negativa da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) .

É importante ainda mencionar que não podem ser usados para autorregularização os débitos apurados na forma do regime especial instituído pelo Simples Nacional.

Veja alguns impostos abrangidos pela lei:

   – Imposto de Renda da pessoa física;
   – Imposto de Renda da pessoa jurídica;
   – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL);
   – Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou relativas a Títulos ou Valores Mobiliários (IOF);
   – Imposto Territorial Rural (ITR);
   – Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI);
   – Imposto de Importação;
   – Imposto de Exportação;
   – Contribuições previdenciárias das pessoas físicas;
   – Contribuições previdenciárias das pessoas jurídicas;
   – Contribuição para o PIS/Pasep e Cofins;
   – Contribuição de intervenção no domínio econômico incidente sobre as operações com combustíveis (Cide-Combustíveis).

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Portal Contábeis