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Mercados globais já se movimentam para consolidar ESG em suas informações contábeis.

Os mercados globais estão atuando de forma enfática para que os conceitos de ESG (sigla em inglês para Meio Ambiente, Social e Governança Corporativa ) estejam cada vez mais presentes no mercado financeiro. Por aqui, de acordo com o Ibracon – Instituto de Auditoria Independente do Brasil – existem vários movimentos para incorporar as informações de sustentabilidade. Um exemplo é a alteração da Instrução 480 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que entrará em vigor no próximo ano e exigirá que as empresas divulguem suas ações ou omissões com relação às informações ESG.

Duas ações em nível mundial ganharam destaque recentemente. A primeira foi nos Estados Unidos, em março de 2022, após a Comissão de Valores Mobiliários (SEC) – órgão norte-americano equivalente à CVM – divulgar uma proposta para que as empresas listadas nas bolsas divulguem informações relacionadas a riscos climáticos dentre suas divulgações obrigatórias.

Por ser referência no mercado de capitais, com ativos de diferentes países sendo negociados em suas bolsas de valores, suas decisões têm o potencial de impactar empresas em diversas jurisdições, já que mais de 900 companhias estrangeiras (dentre elas diversas brasileiras) operam por lá.

Se aprovada, a proposta passará a exigir que as empresas divulguem informações relevantes sobre a governança em torno de riscos e impactos relativos aos eventos climáticos, além da publicação de inventários de emissões de gases causadores de efeito estufa. Para algumas organizações, também é prevista que uma parte independente verifique os números relativos à emissão.

A segunda iniciativa é do International Sustainability Standards Board (ISSB), comitê responsável pela emissão das normas internacionais de sustentabilidade, que está conduzindo duas consultas públicas sobre o assunto. Essas discussões tratam sobre a obrigatoriedade da divulgação de informações que possibilitem ao investidor avaliar os efeitos de riscos e oportunidades relacionadas à sustentação e no valor da empresa e sobre requerimentos específicos de divulgação relacionados às mudanças climáticas.

É importante destacar essas são as primeiras propostas de normas em consulta pública do ISSB, que foi criada para atender a uma demanda crescente de informações relacionadas ao ESG nas empresas e seus impactos nos negócios.

O Brasil está acompanhando de perto todas as mudanças e ações em nível mundial, além das propostas por órgãos reguladores nacionais, como a CVM e o Banco Central.

A padronização das informações de sustentabilidade por um conselho ligado à Fundação IFRS, órgão que também é responsável pela padronização das normas de contabilidade, tem fortes chances de se tornar uma referência global para a divulgação de informações ESG , com grande apelo ao seu adesão.

Mesmo com alterações em mercados específicos, como a proposta da SEC, uma norma alterada, seja nos Estados Unidos ou em outra jurisdição, é sentida por empresas brasileiras com ativos transacionados internacionalmente, além de despertar o interesse dos investidores. Afinal, hoje é possível aplicar seus recursos em ativos de diferentes países sem grandes empecilhos, mesmo o pequeno investidor.

O Ibracon, como entidade representativa da auditoria independente no Brasil, atividade com missão relevante no processo de asseguração de informações relacionadas à sustentabilidade , também acompanha de modo ativo a discussão em âmbito nacional e internacional. Passou a contar, ainda, com o Grupo de Trabalho Sustentabilidade e ESG, para dar respostas mais robustas e orientar seus associados e o mercado de forma mais ampla, com a emissão de documentos técnicos de suporte.

Saiba mais em: http://www. ibracon.com.br/ ibracon/Portugues

Fonte: Mercantil Ambiental – 06/07/2022

Fonte: Ibracon


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