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Movimento não é produtividade.

Shot of a stressed out businesswoman surrounded by colleagues needing help

Há alguns dias vi uma entrevista da Luiza Helena Trajano e ela dizia que movimento não é produtividade. Esta fala chamou a minha atenção, pois a cobrança por produtividade é muito grande e dizer que está na “correria” é cada vez mais comum. No entanto, é preciso refletir sobre a causa desta correria e se a mesma é uma constante. Não será uma surpresa perceber que você está gastando muita energia e produzindo pouco ou quase nada.

Assumimos muitos compromissos, principalmente no trabalho, e estes compromissos não significa que estamos de fato produzindo e crescendo no ambiente de trabalho. As reuniões desnecessárias e improdutivas continuam ocupando a nossa agenda e as tarefas vão se acumulando até provocar ansiedade.

É preciso, então, fazer uma gestão inteligente do tempo. Gastar energia de forma estratégica e alocar recursos de acordo com a necessidade de cada tarefa. A Luiza Helena também disse na mesma entrevista que “muito movimento pode produzir pouco e provocar cansaço”. Estamos trabalhando mais, mas não significa que estamos produzindo mais.

O primeiro passo para a produtividade é saber dizer não. Não aceite a tarefa que é de outra pessoa, não aceite responsabilidades que não condizem com o cargo que você ocupa. E se não há como recusar, sinalize que a tarefa será realizada, mas que não é de sua responsabilidade.

O segundo passo é identificar o que é relevante e o que não é. Não tenha medo de postergar o que não é urgente, quanto mais tarefas você realiza, mais tarefas você tem para realizar. E isso não é sinal de crescimento.

Em terceiro, tenha múltiplas perspectivas. Saber interpretar e organizar faz toda a diferença. Pensar fora da caixa, não é um clichê. É claro que é necessário um esforço diário para pensar de forma estratégica, mas se você não insistir, não otimizará seu tempo e sua energia. Ter múltipla perspectiva é resultado de um exercício diário, não é algo que se adquire da noite para o dia.

O quarto passo é ter objetividade. Saiba organizar suas tarefas separando o que é relevante do que não é. Seja objetivo na implementação do cronograma. Metas inalcançáveis provocam apenas frustração e ansiedade. Algumas pessoas funcionam com listas, cronogramas na parede…veja qual forma de planejamento e organização funciona melhor com você. As pessoas não funcionam da mesma forma, é preciso se conhecer e tornar o processo produtivo prazeroso.

Por fim, reconheça suas limitações, aceite quem você é e mude de forma consciente e planejada. Procure ajuda de um psicólogo, faça cursos, vá a palestras. O importante é que você entenda que sentir cansaço o tempo todo não é normal e não é produtivo.


A Lopes, Machado Auditores não se responsabiliza, nem de forma individual, nem de forma solidária, pelas opiniões, idéias e conceitos emitidos nos textos, por serem de inteira responsabilidade de seu(s) autor(es).