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O planejamento estratégico ao longo das últimas décadas

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As mudanças na sociedade e no mercado empresarial eram lentas e uniformes até o meado do século XXI. No entanto, com o avanço tecnológico, a abertura dos mercados influenciados pela economia, política e a própria sociedade, por exemplo, trouxeram consigo uma nova forma de negociar e, consequentemente, administrar uma empresa.

Cada modelo de administração, em seu tempo, foi importante para a atuação das empresas no mercado. Porém, eles, notoriamente, foram evoluindo em resposta às mudanças do mercado. Alguns pesquisadores apresentaram um modelo da evolução do planejamento estratégico onde, na década de 50 era utilizado o planejamento financeiro, na década de 60, o planejamento a longo prazo, na década de 70, o planejamento estratégico, na década de 80, a administração estratégica e finalmente, na década de 90, a administração estratégica/competitiva.

Nota-se que na década de 70 a palavra estratégia foi agregada à palavra planejamento, porém, o modelo de planejamento continuou sofrendo evolução. Na administração estratégica competitiva a empresa define sua missão e possui uma visão holística da empresa.

Também são consideradas na administração estratégica competitiva a visão estratégica, o alinhamento com a missão da empresa, a adaptação à tendência de globalização, o domínio da tecnologia da informação e a compreensão das mudanças como uma oportunidade. Acredita-se, no entanto, que a visão holística é um problema para a empresa. Pois ao ver os processos como um todo, os gestores podem não perceber as particularidades de cada processo separadamente. O que pode dificultar correções, alterações, criações e até mesmo exclusões nos processos que não correspondem às expectativas da empresa.

Complementa-se que há várias formas de encarar o futuro nas organizações. Estas formas sofrem influências da percepção que os dirigentes das empresas possuem do mundo e que podem refletir pensamentos otimistas e pessimistas. Alguns dirigentes são inflexíveis, outros maleáveis demais em relação ao futuro da organização. Para o autor, o ideal seria atitude estratégica, onde o gestor conseguisse vislumbrar um futuro possível e criasse meios para alcançá-los. Assim, para o referido autor “a visão estratégica que se pretende criar consiste em desenvolver a capacidade de olhar, criticamente, o presente a partir do futuro e não o futuro com os olhos do presente”.

Para estar atento às mudanças que ocorrem nos ambientes internos e externos da empresa alguns pesquisadores defendem que os gestores deverão ter uma mentalidade estratégica e aproveitarem as oportunidades que surgirem para aumentarem a participação no mercado e conseguir agregar valor aos produtos e serviços. A criação de um planejamento estratégico faz com que a empresa responda a estas mudanças freqüentes nas áreas econômicas, políticas, tecnológicas. Mudanças estas que podem ocorrer de forma inesperada e em âmbito nacional e internacional.

Assim é necessário construir a estratégia da empresa, adaptá-la aos imprevistos que surgem pelo caminho e ter a flexibilidade de alterá-la completamente se preciso. Pois a empresa pode ter um planejamento estratégico para 5 ou 10 anos, porém a volatilidade do mercado, da tecnologia e as mudanças sofridas até mesmo dentro da organização podem alterar o rumo da empresa, alterando sua estratégia, e, em casos extremos, mudando totalmente o foco.