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O que seria uma contabilidade estratégica?

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As informações surgem de todos os lados e crescem à medida que a tecnologia alcança cada vez mais pessoas através do mundo. Na Era da Informação, as empresas buscam aprimorar seus produtos, serviços e processos, visando a competitividade e continuidade no mercado (DAVENPORT, 2004).

Para isto, é preciso pensar diferente. A empresa deveria olhar cada mudança de cenário, estrutura e investimento, como uma oportunidade de aprimoramento. A partir daí verificar como este fato positivo, ou até mesmo negativo, pode ser útil para a empresa e em que ele contribui para o seu crescimento. Mas para isso, é necessário ter conhecimento sobre o próprio negócio e o mercado.

Davenport e Prusak (1999) definem conhecimento da seguinte forma:

Conhecimento é uma mistura fluida de experiência condensada, valores, informação contextual e insight experimentado, a qual proporciona uma estrutura para a avaliação e incorporação de novas experiências e informações. Ele tem origem e é aplicado na mente dos conhecedores. Nas organizações, ele costuma estar embutido não só em documentos ou repositórios, mas também em rotinas, processos, práticas e normas organizacionais (DAVENPORT e PRUSAK, 1999, p. 6).

Destaca-se também o fato humano nas organizações. Segundo Drucker (1999) “uma organização é um grupo humano composto por especialistas que trabalham em conjunto em uma tarefa comum”. Portanto, a organização é definida pelo fator humano que a compõe e não somente por seus recursos financeiros e tecnológicos.

Ele acrescenta ainda que uma organização é sempre especializada. Sua tarefa a define. O que corrobora com a ideia de que a empresa deverá ter sua missão descrita pontualmente acima exposta. Ele também acrescenta que as organizações deverão ter foco no que fazem e utilizar bem o conhecimento que possui a respeito de seus processos, produtos e serviços. Pois os seus objetivos, normalmente, são econômicos.

Drucker (1999) também afirma que as organizações são gerenciáveis. Neste ponto, destacamos um pouco além do fator humano: os gestores que tomam as decisões nas empresas. Pois a organização pode ser definida por pessoas que trabalham com um objetivo comum, mas é preciso gestores para que as estruturas organizacionais funcionem.

A contabilidade está inserida no contexto das organizações. Ela é um sistema de informação e, se bem utilizada, uma importante aliada na tomada de decisões. Porém, este estudo busca abordar especificamente a Contabilidade Estratégica. Pois segundo Morch et al. (2010) a contabilidade há um bom tempo vem sendo desafiada a considerar outros aspectos além das informações econômico-financeiras que ela registra.

Segundo Goldenberg (1994 apud Morch et al., 2010) a Contabilidade Estratégica é um ramo da Contabilidade que procurar estimar comparativamente o valor da vantagem competitiva da empresa ou o valor adicionada sobre seus competidores e avaliar os benefícios do rendimento dos produtos em relação ao curso de vida dos clientes e os benefícios que esses rendimentos gerarão para a empresa sobre uma decisão de longo prazo.

Morch et al. (2010) defende uma maior participação do contador no processo de formulação de estratégias da empresa, desenvolvendo e implementando estratégias que auxiliem as empresas a alcançarem suas metas e aproveitando toda a potencialidade que a Contabilidade Estratégica tem como ferramenta de gestão.

O autor (2010) ainda propõe uma maior abertura da área contábil para que considere informações advindas de todos os integrantes da cadeia de valor. Desta forma, seria possível ter informações mais completas e que atendesse as necessidades de diferentes usuários.

Ferreira (1992) compara ainda a Contabilidade a uma fábrica e que, portanto, deve operar de forma eficiente e com alta produtividade de informações. Essa mudança de postura em relação ao fornecimento de informações visa atender aos demais usuários da informação de forma estratégica e útil.

Portanto, fica o questionamento: atendemos a necessidade dos usuários da contabilidade?