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Por que a contabilidade ainda não é estratégica?

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A Contabilidade tem um potencial enorme para transformar a gestão das entidades, sejam elas com ou sem fins lucrativos. No entanto, sempre foi vista como um mal necessário. Tanto a Contabilidade como o contador, são tolerados pelos gestores, pois a maioria é obrigada a ter o registro contábeis de suas operações.

O curioso é que esta é a Era da Informação e a Contabilidade justamente fornece informações econômico-financeiras para a tomada de decisão. Mas ninguém olha para os relatórios produzidos pelos contadores, assinam os balanços preocupados apenas com o fato de terem ou não um resultado positivo ao final do ano. As empresas de capital fechado nem mesmo com isso se preocupam. É um completo desconhecimento do quanto aquelas informações são úteis para o crescimento, a competitividade, o fortalecimento da marca e o lucro.

Uma Contabilidade tempestiva apresenta a informação útil no momento certo. Porque a contabilidade tem que ter utilidade, não pode ser um monte de registros que ninguém vê e que se amontoam em um sistema que poucos sabem para que serve. Talvez isso leve ao questionamento de que as informações contábeis não são compreensíveis, mas logo essa opção é descartada, pois bastaria solicitar o auxílio de um contador para que “interpretasse” as preciosas informações contidas em cada relatório.

Outra possibilidade é de que as informações contidas nos relatórios não sejam úteis para os gestores das empresas. Mas essa possibilidade também é descartada. A margem de lucro, as obrigações a pagar e os clientes a receber não são importantes? Um gestor não deseja acompanhar o faturamento de sua empresa? Não é interessante saber qual é o custo de cada produto e como seria possível reduzir as despesas da empresa?

Desta forma, apesar das várias possibilidades, permanece um mistério o fato de que a Contabilidade ainda não é estratégica para as empresas. Por que? Ela tem um potencial gigantesco de mudar a história de uma empresa, de ser usada como ferramenta de gestão estratégica, mas isso não acontece na prática na maioria das empresas.

Quem sabe o que esteja faltando é uma mudança de postura dos profissionais da área que precisam erguer a cabeça, endireitar os ombros e explicar quantas vezes forem necessárias o que fazem e como isto pode fazer a diferença para a empresa.