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Quando percebemos que nosso ídolo é humano…

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QUANDO PERCEBEMOS QUE NOSSO ÍDOLO É HUMANO…

Desde crianças nos perguntam quem são os nossos heróis. Normalmente respondemos que são nossos pais, professores, alguém famoso nos meios de comunicação. À medida que crescemos e buscamos uma carreira, um estilo de vida, vamos nos aproximando de pessoas com as quais nos identificamos.

Mas a questão de admirar alguém, principalmente pelo lado profissional, é que ninguém nos conta que esta pessoa é humana. Nossos líderes são pessoas como nós e podem falhar e, provavelmente, falharão. E neste momento a admiração parece perder o brilho. É como se em um clique a “ficha caísse” e você notasse as falhas que o outro comete, notasse que as certezas de sucessos não são tão certas assim, mesmo que você siga exatamente os passos do seu ídolo. E talvez aquela promessa de êxito esteja mais distante neste momento.

Talvez um dos problemas seja a imagem que as pessoas bem-sucedidas vendem. Falam do sucesso, ensinam passos de como ser igual a eles, como conseguir atingir suas metas e elaborar planos infalíveis. Porém, a vida não tem receita de bolo, a maioria não conta como foi difícil chegar ali e quantos erros cometeram ao longo do caminho. E eu ouso dizer que foram mais estes erros do que os acertos que os levaram a serem pessoas bem-sucedidas, simplesmente porque os erros nos ensinam mais, ensinam a procurar novos caminhos, aumentam a criatividade, a persistência e nos fortalecem.

Precisamos falar dos erros, precisamos falar que erramos, porque erramos e como resolvemos o problema. Também é preciso falar que, por mais que você seja persistente, alguns erros não terão solução. Acredito que as pessoas precisam ser mais sinceras quando se trata de sucesso. Nem todos serão bem-sucedidos, nem sempre realizaremos nossos sonhos. É preciso saber persistir, mas o mais importante é saber quando devemos persistir e quando é o momento de abandonar o barco.

Não digo que não devemos admirar alguém, mas precisamos ser realistas. Nós estamos falando de pessoas. Nós somos humanos e eles também. Acredito que assim a admiração que nutrimos será mais verdadeira, pois não será a admiração da imagem de algo que vemos, será a admiração por alguém que se mostra verdadeiro, que se mostra humano e não um super homem com “toque de Midas”.

Nossos ídolos são humanos e devem ser tratados como tal. São humanos com uma capacidade extraordinária de serem bem-sucedidos, mas são humanos, não são inalcançáveis ou infalíveis. Cometerão erros e nem por isso serão menos admirados, creio que seriam mais admirados ainda, pois mostram a fragilidade que possuem e que, às vezes, é inevitável.

Portanto, na vida profissional busque admirar pessoas que mostrem os lados bons e ruins do que fazem, que dizem que algo é muito cansativo, mas que, se você ama, vale a pena. Alguém que se mostre humano, que não venda uma imagem de marketing pessoal muito bem elaborada e pouco realista. Desta forma, quando você errar, entenderá que faz parte do seu amadurecimento e buscará caminhos para crescer com isso, aprenderá mais com estes erros e ficará tranquilo em saber que até mesmo seus ídolos erram e faz parte do caminho. “O caminho não é mau, é apenas o caminho.” Não devemos levar isso para o lado pessoal, como se o universo conspirasse contra nós. O que desejo ver cada vez mais no mercado são pessoas com maturidade e inteligência emocional. Estas são qualidades essenciais para ser bem-sucedido em qualquer área da vida.