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Quantas pessoas são necessárias para o bom funcionamento de uma empresa?

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Um ponto que sempre escuto em relação aos funcionários são os encargos sociais relativos à contratação e remuneração. Sempre dizem que é muito elevado e que sufoca o empresário. Mas se perguntarmos a estes mesmos empresários qual é sua margem de lucro e quanto da sua receita é utilizada para remunerar estes funcionários, não sei quantos saberiam esta resposta com segurança. Temos custos elevados com mão de obra sim. Mas sabemos exatamente quanto ou estamos repetindo o que ouvimos em algum lugar por alguém que nem mesmo sabemos se tem fundamentação para afirmar isso? Não estou afirmando que os encargos sociais são pequenos, apenas questiono a fala de quem não sentou para fazer as contas e dizer o quão alto seria. Além disso, deverá ser considerado o capital intelectual. Contratar mão de obra mais barata, treiná-la e alinhar com as metas da empresa custa menos do que manter o funcionário que já conhece a empresa e realiza seu serviço de forma eficiente, mas tem um salário mais alto devido aos anos de serviços acumulados?

Também destaco outro ponto que é o desenvolvimento tecnológico. Se falarmos para os profissionais que ingressam hoje no mercado que a contabilidade já foi, literalmente, manual eles terão sérias dúvidas. Mas fomos evoluindo e hoje temos sistemas integrados, atualizados de acordo com a legislação e que necessitam de pessoas que os compreendam e os utilizem para otimizar tempo e recursos. A tecnologia é uma realidade para as empresas. Não há como dizer que não gosta de e-mails e que as charretes voltarão, pois os carros são modinhas. Também não podemos afirmar que a velocidade de processamento de informações não está aumentando a cada dia. A elaboração, análise e fiscalização destas informações estão cada vez mais rápidas e isso não deveria ser assustador.

E um último ponto está relacionado às notícias de que a profissão contábil acabará. Normalmente quando há a divulgação na grande mídia, o Conselho Federal de Contabilidade emite uma nota de repúdio informando que há um completo desconhecimento da profissão. O que talvez tenhamos que pensar é que o custo de empregados é considerado alto, o avanço tecnológico reduz a necessidade de trabalhadores, além de exigir uma mão de obra mais qualificada. Então, posso chegar ao entendimento de que a profissão contábil não acabará para todos. Provavelmente acabará para quem não se atualiza, não utiliza a tecnologia a seu favor e se transforma em mão de obra obsoleta.

O objetivo de muitas empresas hoje é investir em tecnologia para ter o mínimo de mão de obra com o máximo de qualificação possível. Como resultado, o número de profissionais nas empresas diminuirá, mas não ao ponto de comprometer seu bom funcionamento. Portanto, podemos esperar empresas mais enxutas, com maior grau de conformidade e eficiência levando os gestores a tomarem decisões de forma racional, evitando o desperdício de caixa e aumentando a rentabilidade do negócio.

Devemos nos preocupar com isso? Acredito que não, pois é inevitável. Devemos nos preparar para isso? Sem dúvida, mesmo que não tenhamos a pretensão de sermos funcionários e sim gestores/empresários, este modelo de gestão é a tendência do mercado. Como me preparar para isso? Obtendo o máximo de conhecimento sobre sua área, analisando como as áreas estão relacionadas entre si, estabelecendo planos e metas e desenvolvendo relacionamento interpessoal. Este não é o segredo do sucesso ou da felicidade, mas ser necessário fará com que você esteja no quadro de funcionários de uma empresa, caso ela deseje um bom funcionamento.


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