Se você já assistiu a um show de mágica, sabe que muitas vezes é difícil entender exatamente o que está acontecendo.

É tudo uma questão de ilusão, e assim como na mágica, a operação de risco sacado pode deixar muita gente confusa.

No risco sacado, também conhecido como Forfait, uma empresa compradora contrata um banco para montar um esquema de antecipação de pagamento aos seus fornecedores cadastrados.

Mas a mágica financeira cria uma ilusão de lucro.

Imagine um mágico fazendo um truque com correntes que parecem se soltar facilmente, como se fossem mágicas.

No risco sacado é como se a empresa compradora estivesse criando uma ilusão de redução de seu passivo, utilizando o dinheiro do banco para pagar os fornecedores sem considerar os juros pagos.

O problema é que essa ilusão pode ter consequências graves.

Ao não reconhecer um passivo oneroso junto ao banco, a empresa compradora pode estar inflando seu estoque e distorcendo sua margem bruta com vendas, criando a ilusão de riqueza – EBITIDA.

Assim como o mágico que, ao não revelar o segredo, esconde a verdadeira natureza do truque, a empresa compradora pode estar escondendo a verdadeira natureza de sua situação financeira atolada em dívidas quase morrendo, ficando igual a um mágico escapista preso em um cofre dentro de um rio porque esqueceu a senha ou perdeu a chave.

Cuidado: como em um jogo de ilusões, o risco sacado pode trazer consequências.

Dependendo das condições da transação, a empresa compradora pode estar escapando de “covenants” contratuais, entrando em uma situação de risco financeiro tendo que pagar todas as dívidas que contenham essas cláusulas contratuais.

Por isso, antes de cair na armadilha do risco sacado, é importante entender o truque por trás da mágica e realizar uma análise técnica e criteriosa, para garantir que a mágica não acabe mal.

Sendo assim, Sr. Mister M: não deixe de revelar a Mágica na sua contabilidade, para a mesma não ficar mais confusa do que um palhaço em um velório e divulgá-la em suas notas explicativas nas demonstrações contábeis.

Então, sua contabilidade está igual a um palhaço no velório ou como o Mister M revelando toda sua mágica?

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